A origem do uso medicinal do aloe vera, conhecida popularmente como babosa, remonta a milhares de anos, mas não se sabe exatamente quando. Mas há registros babilônicos de 4.200 AC e também registros egípcios que comprovam sua utilização como medicamento e, inclusive, empregada como elixir da longevidade. Além de sua ação bactericida e anti-inflamatória, devido à presença de bioflavonoides, a babosa é rica em diversas vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais disponíveis tanto em suas folhas quanto em seu característico parênquima gelatinoso. Porém, é o polissacarídeo acemannan – um potente imunoestimulador – um dos componentes mais pesquisados do aloe vera, devido à sua ação antiparasitária, antiviral, antibacteriana e antifúngica. Todas essas substâncias contribuem para seus múltiplos efeitos, com destaque para os antitumorais, antiglicêmico e imunológicos, entre outros. Mesmo diante de tantos benefícios, a babosa também possui ativos fenólicos que comprometem sua segurança toxicológica, quando não manipulado devidamente. Mas os avanços nos estudos dessa planta possibilitam hoje a elaboração de produtos totalmente seguros, capazes de auxiliar milhares de pessoas. Mas os benefícios da babosa continuam longe da medicina oficial. Por um motivo simples. Todos os produtos derivados do aloe vera não podem ser patenteados. Então, como não geram lucro à indústria farmacêutica, são pouco divulgados.
Porém, basta digitar o termo “aloe vera” no Google para encontrar aproximadamente 20 milhões de citações. Ao realizar a mesma busca no Google Acadêmico, que só inclui trabalhos publicados em revistas indexadas, é possível identificar 52.500 citações científicas. Isso mostra claramente o interesse tanto popular quanto científico pelas propriedades medicinais da planta.
BENEFÍCIOS DA BABOSA COMO PLANTA MEDICINAL
» O acemannan é um potente modulador do sistema imunológico, substância que ativa a produção de células que combatem infecções, inflamações e até o câncer.
» A babosa é rica em vitaminas A, B1, B2, B3, B6, B9, B12, C e E, além de minerais, como ferro, cromo, potássio, cobre, manganês, magnésio e zinco e também aminoácidos essenciais, a exemplo da leucina, valina, isoleucina, lisina, fenilalanina, treonina, metionina e triptofano.
» A babosa possui propriedades cicatrizantes, limpeza e regularização intestinal, antioxidante, anti-inflamatória, antiartrítica, antirreumatoide, antidiabética, normalizadora do colesterol, anticonstipação e terapia de outras desordens gastrointestinais, promoção de crescimento ósseo e dental e ações antibióticas, fungicidas e antivirais.
» Cicatrização de feridas, com significativa diminuição da área afetada e aumento da síntese de colágeno, proteína indispensável para a formação e recuperação da pele, não só em casos de ferimentos mas também em queimaduras e outras lesões.
» Combate o diabetes, principalmente o mellitus tipo 2, onde a causa da glicemia alta decorre de um fenômeno conhecido como resistência à insulina.
Para entender o que torna o aloe vera tão especial para uso como planta medicinal é preciso dividir a suas folhas em duas partes. A camada externa que possui um látex logo abaixo e uma camada interna, onde está o cerne das substâncias medicinais da babosa. Esta camada é conhecida como parênquima, uma substância gelatinosa comestível amarelo-esverdeada, de sabor amargo, que só deve ser usada sob orientação de quem sabe realmente manipular esta planta, pois sua ingestão excessiva e por longo tempo pode causar espasmos e dores abdominais, hepatites, distúrbios eletrolíticos, acidose metabólica, albuminúria e hematúria. Outro detalhe importante: JAMAIS SE DEVE CONSUMIR A CAMADA EXTERNA DAS FOLHAS DA BABOSA, pois elas contém compostos fenólicos, como as aloínas, que são cancerígenas.