Cobre: metal poderoso usado desde a antiguidade para matar vírus e bactérias

Cobre: metal poderoso usado desde a antiguidade para matar vírus e bactérias

Diversas civilizações antigas já conheciam a propriedade antimicrobiana do cobre, elemento químico capaz de matar patógenos como vírus e bactérias e também fungos apenas pelo simples contato destes germes com a sua superfície metálica. Por isto, folhas de cobre deveram estar sendo usadas em locais públicos para revestir superfícies de contato comum onde o novo coronavírus  SARS-CoV-2, responsável pela atual pandemia de Covid-19, pode sobreviver por até três dias, como maçanetas de portas, torneiras de banheiro, carrinhos de supermercado, balcões de atendimento e barras metálicas onde pessoas apoiam as mãos em transporte público. Pesquisa publicada no New England Journal of Medicina constatou que sobre uma superfície de cobre o coronavírus morre em no máximo quatro horas. Além disso, o efeito do cobre não acaba com o tempo, pois sua propriedade antimicrobiana dura para sempre.

Nosso organismo também precisa de cobre

Embora seja um mineral tóxico, o cobre é também muito importante para o nosso organismo, logicamente na dosagem certa. A maior parte do cobre do organismo está localizada no fígado, nos ossos e nos músculos, mas existem vestígios de cobre em todos os tecidos. O fígado excreta o excesso de cobre na bile para ser eliminado do organismo. O cobre é um componente de muitas enzimas, incluindo aquelas que são necessárias para a formação do sangue e dos ossos, produção de melanina e liberar a energia dos alimentos. A carência desse nutriente pode resultar em manchas na pele, neutropenia, problemas na tireoide, osteoporose e, até mesmo, doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Já o consumo em excesso, que é algo muito raro, pode provocar náuseas, vômitos, diarreias, hemorragia gastrointestinal, anemia hemolítica e icterícia.

Beber água de recipiente de cobre

A yurveda, milenar medicina natural da Índia, prescreve que beber água armazenada em recipiente de cobre durante 8 horas propicia uma série de benefícios, uma vez que o metal mantém o pH da água alcalino, livre de bactérias, fresca e cheia de energia vital. Este procedimento é também uma forma de ingerir este mineral, pois quando a água permanece no cobre por mais de oito horas, pequenas quantidades do metal são dissolvidas nessa água. Vários benefícios são apontados com o uso da água armazenada em recipiente de cobre, como:

  • desintoxica o organismo, principalmente quando bebida pela manhã
  • combate a prisão de ventre
  • elimina a acidez estomacal
  • regula o funcionamento dos rins
  • estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos
  • estimula o cérebro
  • aumenta densidade óssea
  • melhora o metabolismo regulando o funcionamento da tireóide
  • é antioxidante, retardando o envelhecimento precoce
  • melhora o funcionamento do coração
  • combate processos inflamatórios

De acordo com a legislação brasileira, o nível máximo tolerável de cobre na água potável é de 2 miligramas por litro. Acima deste valor, a ingestão de água contendo altas concentrações do metal pode produzir náusea, vômito, dor abdominal e diarreia. Portanto, a questão é como controlar a quantidade de cobre que se está ingerindo, uma vez que é praticamente impossível a pessoa fazer este controle em casa. Mas segundo a tradição da yurveda, ninguém nunca teve problema de saúde bebendo água armazenada em recipiente de cobre pelo período de tempo de 8 horas.  Ao contrário, a saúde só melhora.

Principais alimentos que contêm cobre

Outra boa forma de se ingerir cobre é consumindo alimentos que contêm este mineral, como o amendoim, carne bovina, alface, bacalhau, fígado, maçã, abacate, alho, castanhas, cacau em pó, leite de vaca, feijão, cenoura, ostras, ovo, brócolis, aveia e frutos do mar. Em média, fornecem cerca de 0,3 miligramas deste nutriente em cada 100 gramas de alimento.  Segundo a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o consumo mínimo diário de cobre para adultos é de 0,9 miligrama, mulheres grávidas 1 miligrama e lactantes 1,3 miligramas. E o limite máximo de 10 miligramas por dia. Já os bebês de 6 a 12 meses necessitam de 0,22 miligramas diariamente. Para os que têm de 1 a 3 anos, esse valor sobe para 0,34 miligramas e, para os de 4 a 8 anos, a dosagem ideal é de 0,44 miligramas.