Dor é a percepção que temos de toda sensação desagradável associada a uma agressão ou dano ao nosso organismo. Pode ser aguda, que ocorre imediatamente após um acidente e representa um sinal de aviso sobre uma lesão causada por algum tipo de traumatismo, como pancadas, quedas, queimaduras ou cortes, por exemplo. E também crônica, que é uma dor persistente, que não passa e nos incomoda o tempo todo e decorre de algum tipo de doença ou mais comumente de um processo inflamatório, que pode ter uma causa bacteriana ou não bacteriana.
PORQUE SENTIMOS DOR
Sentir dor é uma coisa ruim, mas também muito importante para nossa sobrevivência e a manutenção do nosso bem estar. A dor sinaliza que algo está errado com a pessoa ou alguma coisa agressiva ao nosso organismo está acontecendo. Imagine o que seria de nós se não sentíssemos dor quando tocássemos um objeto muito quente ou puséssemos a mão numa água fervente. Pense no problema de saúde que acarretaria um canal inflamado do dente sem dor. Ou ainda se nenhuma doença causasse dor. Como buscaríamos tratamento? A doença iria evoluir e nos matar sem que nunca desconfiássemos que estávamos doente. Portanto, sempre que sentir dor, principalmente muito forte e persistente, não aja como se nada estivesse acontecendo. Procure imediatamente um médico para verificar a causa dessa dor.
Nesse ponto até que o brasileiro, campeão mundial de dor, não é tão negligente. Estatísticas mostram que a dor é o principal motivo das consultas médicas no país, sendo a causa de 85% dos casos de pacientes atendidos. O grande problema é que só o dono da dor sabe quanto ela dói. Os médicos não têm ainda um equipamento para medir a intensidade da dor. E, infelizmente, muitas vez não prestam a atenção devida ao lamento do paciente, que acabam voltando para casa apenas com a prescrição de um analgésico, enquanto sua dor escondia um problema de saúde muito grave, capaz até mesmo de matá-lo antes que ele voltasse a pedir socorro no plantão médico.
INFLAMAÇÕES BACTERIANAS
Quando patógenos entram em nosso organismo começam a se reproduzir e atacar nossas células. Se alojam em ambientes ácidos no entorno delas, o chamado espaço intercelular. Os mais agressivos apresentam uma camada externa de elétrons muito densa que dificulta o nosso sistema imunológico destruir o seu núcleo. Contudo, o corpo sabe que precisa continuar combatendo esses microorganismos. Para isso, o cérebro manda ordens para que haja um aumento do fluxo de sangue e demais líquidos corporais para a região onde os patógenos se alojaram, que fica avermelhada e quente. Entretanto, a guerra que está sendo travada pode ser vencida tanto pelo nosso sistema imunológico ou, infelizmente, pelas bactérias. Se elas vencerem vão continuar proliferando e invadindo outras áreas do corpo, acarretando uma septicemia, ou inflamação generalizada do organismo, que tem um alto índice de mortalidade.
As inflamações bacterianas são coisas muito sérias, mas precisam ser tratadas com moderação. O uso abusivo de antibióticos acarretou um problema de saúde pública mundial, gerando as terríveis “super bactérias”, patógenos mutantes que se tornaram resistentes à maioria desses medicamentos disponíveis hoje para os médicos. O mais importante é fortalecer o sistema imunológico da pessoa infectada, administrar muita água ozonizada com pH acima de 7,0 e combater a inflamação com anti-inflamatórios naturais potentes como a cúrcuma, ou açafrão-da-terra. O combate direto às bactérias requer também um poderoso oxidante que seja capaz de destruí-las sem afetar as células saudáveis, como é o caso do dióxido de cloro. Mas a opção por usar os antibióticos ou outro meio qualquer de tratamento é da competência do seu médico.
INFLAMAÇÕES NÃO BACTERIANAS
Elas decorrem principalmente de traumatismos ou lesão por esforço repetitivo, um problema mais conhecido como LER. Mas podem também aparecer devido a doenças que atacam as células, como câncer, diabetes, Alzheimer e AIDS, por exemplo, que necrosam as células, podendo destruir totalmente um órgão e matar a pessoa. Os traumas, por sua vez, lesionam o tecido e causam muita dor, podendo em alguns casos atingir não só a camada superficial da musculatura, mas também tendões, ligamentos, ossos e cartilagens. Embora não seja, de início, uma inflamação bacteriana, a área afetada pode infeccionar não só devido a bactérias que estão por toda parte ao nosso redor mas também por aqueles patógenos que já se encontram no corpo. Já a LER provoca tendinite, bursite, tenossinovites e mialgias, entre outras. Outro causador de inflamações não bacterianas é o vírus da gripe, que atua de forma muito parecida com as bactérias. Se prolifera muito rápido e ataca, principalmente, células da garganta e do aparelho respiratório.
DOR DE CABEÇA
Cientificamente conhecida como cefaleia, a dor de cabeça causa sofrimento e angústia e afeta a capacidade para o trabalho e para a realização de tarefas diárias. Algumas pessoas têm dor de cabeça frequentemente e outras nunca sofreram com cefaleia. De modo geral, poucas vezes as dores de cabeça são indício de um problema grave, mas não se deve descuidar, pois elas podem resultar de doenças do cérebro, como a meningite, um tumor cerebral ou sangramento dentro do cérebro (hemorragia intracerebral), dos olhos, nariz, garganta, seios nasais, dentes, mandíbulas, orelhas, pescoço ou a partir de uma doença de corpo inteiro (sistêmica).
Contudo, as duas causas mais comuns de cefaleia são tensão nervosa ou enxaqueca, esta geralmente uma dor pulsante ou latejante que varia de moderada a grave. Ela pode afetar um ou ambos os lados da cabeça. É agravada pela atividade física, luz, sons ou odores e pode ser acompanhada por náuseas e vômitos. Enxaquecas podem ser desencadeadas pela falta de sono, mudanças no clima, fome, excesso de estimulação dos sentidos, estresse ou outros fatores.
DOR EMOCIONAL
Além da dor física, uma pessoa pode ainda sentir uma grande dor causada por algo que a afetou muito emocionalmente, como a perda de um ente querido, o rompimento de um relacionamento amoroso, o fim de um casamento, traição amorosa ou a traição de uma amizade, a perda do emprego e a perda de bens materiais, dentre tantas outras situações que afetam profundamente o estado emocional. Elas geram uma angústia muito forte na mente da pessoa, que acarreta um quadro depressivo e o sentimento de dor, às vezes pior que uma dor física. Dependo do trauma psicológico causado pelo acontecimento, é difícil curar uma dor emocional. Existem casos em que a pessoa nunca se cura.
A religião e a fé em Deus são poderosos aliados contra a dor emocional, como também o apoio e carinho da família e de amigos. Mas o interior de cada pessoa é um reino desconhecido e pode ser igualmente inacessível. Por sua vez, os antidepressivos só servem para dopar e causar ainda mais estrago na psiquê. Hoje são consumidos em larga escala. Seu mercado, reconhecido legalmente pelos sistemas de saúde pública no mundo todo, é possivelmente maior do que das drogas clandestinas, como cocaína, crack e heroína. E não menos perigoso e viciante para seus usuários, que se tornam dependentes químicos dos tarjas pretas.
Não existe uma fórmula mágica para se curar a dor emocional. Às vezes só o tempo.