O câncer de próstata é o que mais afeta os homens e o sexto tipo da doença mais comum no mundo. Muitos problemas podem acarretar o câncer de próstata e nesta lista está incluído o consumo de álcool. O perigo é mais preocupante considerando o crescimento do consumo de bebidas alcoólicas a cada ano. O Brasil,e m particular, está acima da média mundial. Em 2016, cada brasileiro com 15 anos ou mais bebeu, em média, 8,7 litros de álcool, enquanto a média mundial foi de 6,4 litros por pessoa. Os dados são do estudo World Health Statistics 2017, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), de São Paulo, “o câncer de próstata pode ser influenciado pelo consumo de álcool por diversos mecanismos: além de o próprio álcool ser cancerígeno, também afeta o metabolismo de outras substâncias cancerígenas, inibe o processo de reparação do DNA, aumenta o estresse oxidativo e, assim, pode aumentar a probabilidade de efeitos deletérios no DNA – efeitos que podem levar ao desenvolvimento de câncer”.
Estudos realizados nos Estados Unidos concluíram que, em geral, o consumo leve/moderado (definido pelo estudo como o consumo de menos de 50 gramas de álcool/dia) não foi associado ao risco de câncer de próstata. Entretanto, beber pesado (50 gramas de álcool/dia ou mais) foi associado a um risco significativamente maior de câncer de próstata de alto grau de malignidade. Contudo a recomendação da OMS é que o consumo diário de álcool não pode exceder a 30 gramas, o equivalente a duas latas de cerveja de 300 ml ou apenas uma dose de uísque.
Um consumo moderado de álcool, principalmente do vinho que contém flavonoides, tem efeito benéfico para a saúde, pois reduz o risco de infarto, uma vez que o álcool dificulta a adesão de placas de gordura nas paredes das artérias. Contudo, se a pessoa for diabética ou hipertensa o álcool não oferece nenhum benefício. Terá um efeito totalmente maléfico. Aliás, essa pessoa não pode nem mesmo beber, seja qual for a dosagem.
Mas a recomendação médica é que ninguém deve fazer uso de álcool com o objetivo de obter os resultados benéficos que ele proporciona. Existem alimentos que fazem o mesmo efeito sem os indesejáveis efeitos colaterais do álcool, principalmente para quem mantém uma ingestão diária destas bebidas. É preciso também estar atento para o fato de que o álcool é viciante, incluído na relação de drogas da OMS.
QUANTIDADE DE ÁLCOOL PRESENTE NAS BEBIDAS
Bebida | Dose | Teor Alcóolico (em gramas) |
Cerveja | 1 lata (300 ml) | 17 |
Chope | 1 copo (300 ml) | 10 |
Vinho | 1 taça (200 ml) | 10 |
Destilados (uísque, pinga, vodca) | 1 dose | 25 |