Magnésio: um dos minerais mais essenciais para a saúde

Magnésio: um dos minerais mais essenciais para a saúde

Dentre todos os micronutrientes necessários para a manutenção da saúde, o magnésio tem lugar de destaque no nosso metabolismo, sendo  responsável pela ativação de mais de 300 reações enzimáticas. Sua carência causa má circulação sanguínea, irritabilidade, arritmias, cansaço, câimbras e espasmos musculares. Nós precisamos diariamente de 400 miligramas de magnésio, embora dependendo do nível de atividade física da pessoa essa dosagem possa aumentar, chegando a até 800 miligramas. Corredores e pessoas que praticam o ciclismo estão sempre portando uma garrafa de água com magnésio em pó adicionado para manter o bom funcionamento da musculatura. Afinal, este mineral contribui para o transporte, produção e absorção de proteínas, condição essencial para a manutenção de nossos músculos. Ele também facilita as reações enzimáticas, acelerando as reações químicas em nosso organismo, e está associado ao fortalecimento dos ossos porque é um dos responsáveis pela fixação do cálcio em nossos ossos. E ainda melhora a saúde cardiovascular e o funcionamento das células nervosas.

O magnésio faz a fotossíntese das plantas

Só para se ter uma idéia da importância do magnésio para os seres vivos vamos ver o que este mineral representa para a existência das plantas. No centro da molécula de clorofila, presente em todas as plantas e responsável pela sua cor verde, está o magnésio. É ele que captura a luz solar e a transforma em energia num processo conhecido como fotossíntese. É interessante notar que a clorofila é quase idêntica à hemoglobina, uma molécula presente no nosso sangue e responsável pela oxigenação dos tecidos – a diferença entre estas duas moléculas é que o átomo central da hemoglobina é o ferro, e o coração da clorofila é o magnésio. Nas plantas é o magnésio que vai transformar a luz em alimento. Deste fato depende toda a vida na face da Terra. Se as plantas não tiverem magnésio, elas não são capazes de se nutrir através dos raios solares. Quando o magnésio está deficiente a planta definha, perde o viço e começa a morrer. Nós somos assim também – não poderíamos respirar, mover os músculos ou usar nosso cérebro sem magnésio suficiente em nossas células.

O magnésio tem ação direta na produção da energia corporal

O magnésio tem ação direta na produção de ATP  (adenosina trifosfato), a molécula que funciona como fonte de energia para as nossas células. Além desta função tão importante, ele atua também no funcionamento do músculo cardíaco, na formação de ossos e dentes, no relaxamento de vasos sanguíneos, na função intestinal e em muitos outros órgãos e tecidos. A ciência moderna e a medicina ignoram o magnésio. Milhares de dólares e euros são gastos em pesquisas de ponta para descobrir novos medicamentos, e o que é simples e eficaz é desprezado. Os médicos na sua quase totalidade não prescrevem magnésio e desconhecem o seu real potencial na cura e prevenção de inúmeras doenças e sintomas.

Onde nosso corpo armazena magnésio

Aproximadamente 60% do magnésio do nosso corpo estão armazenados nos ossos, 26% nos músculos e os 14% restantes estão distribuídos pelos outros tecidos e fluidos corporais. Há uma alta concentração de magnésio nos órgãos metabolicamente mais ativos, como cérebro, coração, fígado e rins. O magnésio é tão precioso para o corpo que fica quase todo guardado dentro das células, no compartimento intracelular. Somente 1 % do nosso magnésio total circula pelo sangue. Por esta razão quando o médico solicita a dosagem de magnésio no sangue, ele vai ter uma idéia errônea da situação real. Quase sempre o magnésio se encontra dentro dos níveis de referência considerados normais. Se o magnésio presente no sangue estiver baixo, significa que a situação está crítica e há uma deficiência crônica e perigosa. Na verdade a deficiência de magnésio deve ser medida pelos sinais e sintomas que o indivíduo apresenta, e as estimativas são de que 80% da população têm carência de magnésio.

A deficiência de magnésio pode ser detectada a partir de queixas, desconfortos e diagnóstico de diversas doenças, como dores, espasmos e fraqueza musculares, dores articulares, artrite, dor lombar, osteoporose, stress, desordem de atenção, doença cardíaca, trombose, hipertensão arterial, batimentos irregulares do coração,  doença hepática, doença renal, cálculos, constipação, soluços, asma, pré‐eclâmpsia, eclâmpsia (convulsões durante a gravidez), tensão pré‐menstrual, infertilidade e cólica menstrual, insônia, ansiedade, pânico, depressão, nervosismo, hiperatividade, cistites de repetição, síndrome metabólica, diabetes, hipoglicemia, fadiga crônica, doenças intestinais, cárie dental , câimbras, enxaquecas e envelhecimento precoce.

O magnésio na natureza

O magnésio é um sal mineral e está presente na natureza sempre associado a outras moléculas orgânicas ou inorgânicas, como minerais e aminoácidos. Alguns exemplos:

  • cloreto de magnésio
  • aspartato de magnésio
  • carbonato de magnésio
  • sulfato de magnésio
  • citrato de magnésio
  • óxido de magnésio
  • orotato de magnésio
  • gluconato de magnésio

Para nossa suplementação, devemos optar pelo cloreto de magnésio. Por um motivo muito simples. Tanto o magnésio quanto o cloro têm grande importância na manutenção da saúde e da vitalidade de nosso corpo. O cloro é necessário para a produção de grandes quantidades diárias de suco gástrico, usado para digerir os alimentos que ingerimos.  Ativa enzimas responsáveis pela pré‐digestão dos amidos. Contudo, o cloro que nosso organismo precisa não é o cloro químico usado como bactericida no tratamento da água fornecida à população pelas empresas de abastecimento. Este cloro é veneno. O cloro que nosso organismo precisa é o cloro mineral, na forma de cloreto.

Benefícios do magnésio na forma de cloreto

O magnésio, além de tudo o que foi dito acima, também age no rejuvenescimento ao prevenir a calcificação dos nossos vasos, órgãos e tecidos, um processo característico da degeneração corporal ligada ao envelhecimento. Se optarmos por outros sais de magnésio, o corpo vai despender energia extra para convertê‐los em cloreto de magnésio. Para absorver o óxido ou carbonato de magnésio o corpo vai precisar produzir uma quantidade extra de ácido clorídrico. Em indivíduos idosos, especialmente com doenças crônicas ou em uso de medicamentos que controlam a acidez estomacal, a produção de ácido clorídrico é insuficiente, o que dificulta a absorção destes outros sais de magnésio. Neste caso da suplementação, os íons de cloro são absolutamente necessários para permitir a assimilação do magnésio.

Além disso, o cloreto de magnésio tem uma ação no combate de infecções, tanto via oral como tópica. Em 1915, o cirurgião francês Pierre Delbet descobriu que a aplicação de uma solução de cloreto de magnésio em feridas externas tinha um efeito estimulante na atividade leucocitária e na fagocitose, o que acelerava a cicatrização e prevenia a infecção do ferimento. Seu interesse foi tão grande que ele começou a pesquisar outros usos e descobriu sua ação imunoestimulante e tonificante geral quando tomado por via oral. Muitos outros pesquisadores, anos depois, chegaram às mesmas conclusões.

Concluindo, o tratamento com cloreto de magnésio visa suprir deficiências nutricionais sistêmicas, melhorar o funcionamento de nossas células e do sistema imunológico, além de proteger as células do dano oxidativo.

Apesar de toda a fortuna investida pelos grandes laboratórios na busca de medicamentos fabulosos e mirabolantes, no século 21 a humanidade continua sendo vitimada por doenças crônicas e degenerativas cuja incidência aumenta cada vez mais. Diabetes, doenças cardíacas, câncer, obesidade, doenças neurológicas, depressão, osteoporose – estas pragas modernas explodem e fogem do controle de autoridades médicas, sanitárias e governamentais, e o pior é que eles estão perdidos e confusos sobre fatos básicos ligados à saúde. Se estes pesquisadores abrissem um pouco os olhos veriam que a base da verdade científica na medicina está no magnésio, pois ele está no centro exato da vida biológica, assim como o ar e a água. Simples assim. Sem o magnésio nosso corpo colapsa, entra em pane, perde a energia, não consegue efetuar reparos aos danos sofridos. O cloreto de magnésio pode ser considerado como uma solução médica milagrosa para a humanidade. Quando os níveis celulares baixos são corrigidos parece que um milagre ocorreu. Inúmeras queixas se vão sem nenhum dos remédios modernos, que intoxicam e não cumprem o papel de curar.

Deficiência de magnésio e o diabetes

O magnésio é necessário para a produção de insulina pelo pâncreas e também ajuda na sua função de metabolizar a glicose sanguínea. Há uma interação entre o magnésio e a insulina, o hormônio que transporta o magnésio para o interior das células. Em um estudo feito no Gonda Diabetes Center, na Califórnia, 16 voluntários saudáveis foram colocados numa dieta deficiente em magnésio. Resultado: a insulina deles tornou‐se menos eficiente em mover a glicose do sangue para as células, onde ela é utilizada como fonte de energia ou armazenada para uso futuro. Por outro lado, quando ocorre a resistência insulínica, primeiro passo no caminho do diabetes tipo 2, ou quando nosso corpo já não produz insulina suficiente, nós não conseguimos estocar o magnésio dentro das células, que é onde ele deve estar, e os rins simplesmente excretam o magnésio circulante no sangue. Esta relação íntima entre magnésio e insulina determina o status de nossa saúde. Magnésio e insulina precisam um do outro, e nós precisamos dos dois. Níveis baixos de magnésio intracelular e no sangue estão associados com a resistência insulínica, com intolerância à glicose e com a redução da secreção de insulina pelo pâncreas.

O magnésio intracelular ajuda a relaxar os músculos e, se nós não conseguimos estocar magnésio, ele vai ser eliminado via urina, o que vai fazer com que os vasos sanguíneos fiquem contraídos, aumentando a pressão arterial e reduzindo o nosso nível de energia. Assim podemos perceber claramente a intima relação entre o diabetes e a doença cardiovascular.

Deficiência de magnésio e doenças psiquiátricas

É cada vez mais comum e mais banalizado o uso de drogas psiquiátricas contra a depressão, ansiedade, stress e outros sintomas mentais, como o pânico, a compulsão alimentar, as dependências de álcool e tabaco, e fobias diversas. Drogas pesadas com inúmeros efeitos colaterais, causadoras de dependência e que não curam o problema. No entanto, estes sintomas podem estar ligados a uma deficiência de magnésio. As pessoas não apresentam depressão ou ansiedade porque o corpo tem deficiência de diazepam ou fluoxetina, ou outros medicamentos semelhantes. Estas drogas não são usadas pelo nosso corpo nos importantes processos metabólicos, ao contrário do magnésio, cuja deficiência pode levar ao aparecimento de sintomas na esfera psicológica. O magnésio relaxa o sistema nervoso por diversos mecanismos. Além de agir na musculatura contraída, ele também é bloqueador natural de um receptor cerebral chamado NMDA (N-metil D-Aspartato), que age ativando receptores cerebrais pelo cálcio, o que provoca uma hiper excitação do cérebro, causando irritabilidade, ansiedade, depressão e stress. O magnésio age como antagonista, impedindo esta hiper excitação, ajudando a acalmar o sistema nervoso.

Deficiência de magnésio e casos de osteoporose e enfarte

Pesquisadores finlandeses associaram uma altíssima incidência de casos de enfarte e osteoporose no país a uma dieta em que a proporção entre cálcio e magnésio é de 4 para 1. Isto ocorre também nos Estados Unidos, onde a proporção é de 5 partes de cálcio para 1 parte de magnésio. A conclusão é que a nossa alimentação tem grande ênfase no cálcio sem o cuidado de equilibrar o magnésio. A preocupação com a osteoporose e a suplementação errônea de pílulas de cálcio aumenta ainda mais este desequilíbrio entre os dois minerais. O correto seria manter a proporção em no máximo 2 partes de cálcio para 1 parte de magnésio. Na dieta do homem paleolítico esta proporção era de 1 para 1. Mesmo uma pequena deficiência de magnésio torna‐se um grande fator de risco para o desenvolvimento da osteoporose. Se existe muito cálcio no corpo, especialmente proveniente da suplementação do cálcio, há uma grande redução na absorção do magnésio, o que só piora o quadro da osteoporose. Este cálcio que não se fixa no osso é chamado de cálcio patológico, que vai se depositar nos tecidos moles causando diversas doenças já citadas acima.

Como o magnésio age no metabolismo ósseo

Existem aproximadamente 18 nutrientes essenciais para ossos fortes e saudáveis, incluindo o magnésio. É um grande erro suplementar o cálcio quando se quer tratar ou prevenir a redução da densidade óssea. O cálcio domina soberano no tratamento da osteoporose, e os médicos receitam este mineral sem ter a mínima idéia das consequências bioquímicas do desequilíbrio que estão ajudando a causar. Se houver deficiência de magnésio, este cálcio, em vez de se fixar no osso, vai se depositar em tecidos moles como as juntas, causando artrite, ou nos rins e vesícula, contribuindo para a formação de cálculos, ou ainda nos vasos do coração, levando ao entupimento das coronárias e enfarte. O magnésio tem múltiplas funções no metabolismo ósseo:

  • níveis adequados de magnésio são essenciais para a absorção e utilização do cálcio
  • o magnésio estimula a produção de calcitonina, um hormônio que ajuda a preservar a estrutura óssea e retira o cálcio excedente da circulação sanguínea e dos tecidos moles, fixando‐o nos ossos
  • suprime a ação de outro hormônio ligado ao metabolismo ósseo, o paratormônio, que provoca a reabsorção óssea, principalmente na arcada dentária
  • o magnésio é necessário para converter a vitamina D inativa na sua forma ativa, o que ajuda a aumentar a absorção de cálcio e o fortalecimento do sistema imunológico
  • o magnésio é um dos principais responsáveis pelas reações enzimáticas para formação de osso novo

Como melhorar a alimentação para obter mais magnésio

O teor de magnésio de todas as folhas verdes, nozes e sementes, grãos e leguminosas é dependente da qualidade do solo. Seria muito importante que este solo fosse rico em magnésio, o que não ocorre de modo geral. Primeiro porque o Brasil não é um país vulcânico e são os vulcões que enriquecem o solo e a água de magnésio. Segundo porque os fertilizantes utilizados são à base de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK, na fórmula 20-5-20), que fazem a planta crescer muito e parecer saudável, mas a depleção crônica de minerais essenciais no solo empobrece os nossos alimentos. E por isso vivemos num estado carencial crônico, cujas consequências são mais evidentes à medida que envelhecemos.

Se 80% da população são deficientes em magnésio, está na hora de suplementar o magnésio. E o cloreto de magnésio é uma forma barata, segura e eficaz de se obter ou recuperar a boa saúde. O cloreto de magnésio em pó deve ser diluído em água filtrada ou mineral. Para 1 litro de água adicionar 30 gramas de cloreto de magnésio. Misture até dissolver e guarde na geladeira. A dose é 30 ml duas vezes por dia. Deve-se utilizar o Cloreto de Magnésio PA ou o Cloreto de Magnésio Quelato, que podem ser adquiridos em farmácia de manipulação. Ainda assim, diversos alimentos são fonte de magnésio e devem entrar em  nossa dieta, como a uva, a banana, o abacate, a granola, aveia, amendoim, castanhas, o leite, o grão de bico, peixes, beterraba, o ovo, a couve e o espinafre.